Caso Paulo Bandeira: Cabo de telefonia celular foi cortado no dia do crime

O promotor Marcus Mousinho, que faz a acusação no julgamento do assassinato do professor Paulo Bandeira, disse que a quebra do sigilo telefônico dos acusados na morte do professor não foi possível porque, segundo oficio da operadora TIM, o cabo telefônico estava cortado no dia do desaparecimento de Bandeira, em 2 de junho de 2004.

A revelação foi feita durante o julgamento, que dura quatro dias. A sentença deve sair hoje ou até as primeiras horas da manhã desta sexta-feira (22).

“Cortaram o cabo de registro de ligações, isso é ato de vandalismo. Para não ter acesso às ligações dos telefones de Satuba no dia da morte”, disse.

Ainda de acordo com o promotor, as investigações mostraram que o álcool usado para a queima do corpo do professor e do carro era de lote comprado pela Prefeitura da cidade, administrada por Adalberon de Moraes, acusado de ser o autor intelectual no crime.

Segundo Mousinho, Paulo Bandeira foi assassinado pelo ex-prefeito por denunciar que 50% das verbas do Fundef foram desviadas na cidade, na gestão de Adalberon, que chegou a dar férias ao professor. “Foi para afastá-lo das investigações do Fundef. O Paulo Bandeira era visto como um problema”, afirmou.

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