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Caso Joana ainda mostra indignação seletiva em crimes de feminicídios

Quando se trata de Justiça, com J maiúsculo, o tribunal de justiça e o ministério público de Alagoas, poderes que se dizem cristãos (apesar do Estado laico), agem seletivamente. Há casos em que o executor do crime nunca foi a julgamento (caso Dimas Holanda) e nem irá porque quem mandou matar já morreu.

Há outros como o assassinato brutal da professora Joana Mendes, morta em 2016 pelo ex-marido. Nove anos depois, o júri acontece nesta segunda-feira, em Maceió.

Onde a justiça após tanto tempo?

tj e mp se esforçam para darem justificativas mas o fato mesmo é que existe um gosto amargo de impunidade em nossa sociedade, que separa criminosos influentes, não-influentes e nos dois casos, quando há provas e um júri, ambos os poderes se unem para proclamar vaidosamente seus méritos.

O caso Joana ainda mostra nossa indignação seletiva em crimes de feminicídio que mp e tj tentam abafar. Não deveriam. Alagoas nunca vai se libertar da lama de um passado inglório, culpando vítimas assassinadas por crimes. Que Joana cause indignação ao procurador Geral de Justiça Lean Araújo e o presidente do TJ desembargador Fernando Tourinho. Os dois precisam saber: há uma realidade fora dos gabinetes. Não dá para negar o óbvio.

 

parecem andar arrastando

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