Sauna, 7 suítes, 3 ambientes de estar, piscina, área de serviço com 4 quartos, duas garagens, área de 2.144,65 metros quadrados para construir para aproveitar todo o luxo mais uma área coberta de 1.492,11 metros quadrados, tendo, ao fundo, a bela praia de Jacarecica.
Essa é a descrição da “casa de luxo”, como é chamada pela 1ª Vara de Coruripe, no bairro de Jacarecica, onde o empresário falido João Lyra morou e, em seguida, transformou em escritório, mantendo, porém, as características internas do lugar. Vale R$ 15.720.000,00.
Em uma parte da “casa de luxo” funcionava a sede do O Jornal, onde trabalhei por 1 ano, a convite do próprio JL. E, apesar das informações a seguir não estarem transcritas no edital de leilão de bens do empresário marcado para 26 de julho, a casa tem (ou tinha): duas quadras de tênis; um heliporto; uma ponte construída especialmente para ligar a casa a outros escritórios do Grupo JL.
Parte do terreno que vai a leilão é área da Marinha.
A mansão era símbolo de um império. Me diziam os porteiros que ele chegava ali às seis da manhã, às vezes às cinco horas. Na maioria das vezes, de carro, guiado por um motorista. Outras de helicóptero, como durante a campanha de 2006 ao Governo.
Dezenas de empregados- entre garçons, copeiros, serviços gerais- se revezavam na poda das árvores, limpeza de móveis, chão, dentro e fora da mansão.
O empresário permanece muito rico ainda hoje. Mas, o representante daquele passado de fartura- o escritório em Jacarecica (ou Guaxuma, como ele sempre dizia)- mostra como a natureza é impermanente.
E, por vezes, cruel.
