A aliança Rui Palmeira e Renan Filho veio tarde demais.
Ela deveria ter começado logo na crise dos bairros que afundam em Maceió.
A aliança só veio bem depois, quando ambos perceberam o crescimento eleitoral de JHC.
E isso foi explorado na campanha desde o primeiro turno. E prejudicou Alfredo Gaspar de Mendonça.
Também a pandemia afetou a popularidade de Rui e Renan, mas a gestão do atual prefeito é essa coleção de nadas desde a reeleição, uma mistura de falta de entusiasmo; terceirização de problemas em sub-prefeitos (Nonô na Saúde, Ana Deyse para Educação); crença de um eleitor sempre passivo; e uma ideia ultrapassada de que, só por ser da família Palmeira, haverá espaço garantido na máquina pública para políticos como Rui.
O sobrenome Covas em São Paulo, como se vê, não é garantia única de reeleição do atual prefeito.
Políticos como Rui Palmeira perderam o bonde da história.
Renan Filho, ressalte-se, em comparação a Rui, vem fazendo um segundo mandato tão pró-ativo quanto o primeiro, com muitas críticas sim (onde estão os dois bilhões de reais da venda da Casal? Por que o dinheiro do Fecoep não virou plano emergencial contra a miséria piorada pela pandemia?), mas há bons resultados até aqui.
Seja como for, Renan Filho perdeu bem mais na aliança com Rui.
Vantagem para JHC, que deve ser eleito amanhã em uma pequena margem de votos.
Pequena margem porque ele pode ser um futuro Rui Palmeira se não apresentar planos para recuperação de Maceió.
O que vimos na campanha foram ataques.
A exigência do eleitor, talvez, seja bem maior que a condescendência com Rui.
