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Câmara reduz cargos, mas vereadores mantêm esquema de corrupção no Legislativo de Maceió

Para cumprir a decisão da Justiça que obriga a redução de cargos comissionados, a Câmara de Vereadores de Maceió aprovou um corte de 270 cargos comissionados- 29 deles na Mesa Diretora e, em cada gabinete de vereador, sete cargos a menos- mas não reduziu o duodécimo da Casa (quase R$ 50 milhões) e deve reajustar os salários dos funcionários da Casa de Mário Guimarães.

A manobra facilita a corrupção na Câmara: aumentando os salários dos funcionários, alguns deles serão obrigados a doar parte dos vencimentos aos vereadores. O esquema é antigo, mas nunca denunciado por medo dos funcionários e a conivência dos edis.

A vereadora Heloísa Helena (PSOL) tentou, em duas emendas, reduzir os cargos com a redução do montante financeiro. Mas, a proposta dela foi rejeitada.

Com a redução de cargos, a Câmara cumpre o que determina  a Justiça (número de cargos comissionados menor que o quadro efetivo da Casa). Mas, a redução dos custos é ínfima: de R$ 968 mil para R$ 960 mil/mês. Menos R$ 8 mil- o que equivale a pouco mais de R$ 1 milhão.

O restante do dinheiro será “repartido” entre vereadores.

 

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