Câmara quer mais 100 apartamentos funcionais

Quando os deputados federais assumem o mandato, teoricamente, podem escolher entre morar em um apartamento funcional ou receber R$ 3 mil por mês de auxílio-moradia. A opção, porém, nem sempre está disponível, já que há apenas 432 apartamentos para pelo menos 505 parlamentares da Câmara, descontados os oito que são de Brasília e que não têm direito ao benefício. Agora, para suprir a demanda, a Casa quer mais 100 unidades, sob o argumento de que será mais econômico para os cofres públicos arcar com os gastos de manutenção do que pagar o auxílio-moradia.

Atualmente, dos 432 imóveis funcionais da casa, cerca de 60 estão sem condições de uso. Em 2011, o custo total da manutenção dos edifícios sob a tutela da Casa foi de R$ 9 milhões. Segundo o quarto secretário da Casa, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), responsável pelo sistema habitacional dos parlamentares, os gastos com os apartamentos são bem menores do que o possível pagamento do auxílio para todos os deputados. Esse argumento foi apresentado ao Ministério do Planejamento no pedido para a cessão de mais 100 imóveis da União.

O custo mensal da Câmara com os edifícios inclui a limpeza, a iluminação comum, a manutenção e o pagamento de funcionários, como porteiros e garagistas %u2014 são 13 contratados para cada um dos 18 prédios. Saem do orçamento da Casa os gastos com a compra de móveis básicos, como geladeira e máquina de lavar, a confecção de chaves (que custou R$ 24 mil este ano) e a reforma da estrutura. Entre dezembro do ano passado e o fim de 2013, a recuperação total dos blocos C, D e E da 302 Norte vai custar R$ 34,8 milhões para substituir instalações hidráulicas e elétricas, revestimentos, esquadrias e elevadores, por exemplo. Aos deputados, cabem apenas gastos com água, luz, telefone e gás, além de móveis e decoração complementares.

As informações são do Correio Braziliense.

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