O destino político de um povo não pode ser tirado em jogos de dados!
Parece óbvio. Mas não é assim que funciona, pois não conta neste manejo nenhum sentido de lógica social, apenas o jogo brutal da força de manipulação e negociata vigente.
Foi neste parâmetro de possibilidades que os Calheiros trouxeram Paulo Dantas para o governo de Alagoas, pois já era um deputado comprometido apenas com o seu rincão eleitoreiro, e como graças do xadrez político local, foi indicado para o cargo muito antes da validação pelo sufrágio universal.
Ajudado sobejamente pelo ímpeto anti-bolsonaro, aquele que elencaria políticas dantescas contra servidores públicos, com foco persecutório nos professores, destes recebeu muitos votos.
Paulo Dantas desfilou junto a Lula, então candidato à presidência da República ladeado pelos Calheiros, pai e filho, como se fosse o político comprometido com a democracia e os direitos conquistados pelos trabalhadores. Mas ser o candidato de Lula em Alagoas, não fez Paulo ser o governador do povo.
Eleito, se tornou o querido dos poderes constituídos, que custam caro ao erário e ainda assim nunca estão satisfeitos com seus gordos orçamentos. Dantas é um repassador institucional da riqueza pública entre os privilegiados alagoanos. Isso é um ponto de manutenção da sua governabilidade, mesmo que cometa arbitrariedades a olhos vistos, sob a luz do sol, tendo como único requisito afetar trabalhadores que compõem a classe empobrecida.
Alagoas não é um estado pobre. É um estado que empobrece seu povo, através da parca mobilidade social e amplo usufruto de privilégios pela classe dominante alocada em postos decisórios.
O ano caótico da gestão Dantas está fechando com o horror de sua política contra professores mestres e doutores.
Cortar salários de professores pesquisadores, formadores, educadores de alta performance com embasamento cientificamente validado em evidências, mostra o quão dantesca é sua visão de sociedade.
Já não comporta a insígnia de coronel, porque até um bruto sabe o valor de quem se qualifica com anos de leitura e observação voltada ao aprendizado.
Sua crueldade é tipificada como punitiva, o que torna bestial sua política de corte de salários.
Quem levantará a voz contra este desmando político, quando as instituições alagoanas estão cotadas entre as beneficiadas por Dantas?
Será justo que os Calheiros sigam distantes das problemáticas trazidas por seu indicado?
Quem está esperando um feliz ano novo em Alagoas?