A Defesa Civil de Maceió finalizou a vistoria de 293 imóveis localizados nas bordas das áreas de risco afetadas pelo afundamento do solo causado pela mineração da Braskem.
O levantamento, que integra uma campanha semestral de monitoramento, servirá de base para a elaboração de um novo Mapa de Risco, previsto para ser divulgado até o fim do semestre. A informação foi publicada pelo jornalista Ricardo Rodrigues, da Tribuna Independente, em matéria veiculada nesta quarta-feira (19).
Segundo a reportagem, dos 402 imóveis previstos para inspeção, apenas 293 permitiram a entrada das equipes técnicas. As vistorias foram conduzidas pelo Comitê de Acompanhamento Técnico, coordenado pela Defesa Civil Municipal, com o objetivo de identificar rachaduras e fissuras provocadas pelo avanço do afundamento do solo. As áreas inspecionadas, chamadas de Áreas de Trabalho (ATs), incluem regiões vizinhas às zonas já interditadas, como o Eixo Cepa, onde há casas interditadas de um lado da rua e outras ainda habitadas do outro.
De acordo com Cássio Araújo, coordenador do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), essa desconfiança decorre da falta de transparência da Defesa Civil na divulgação de informações sobre os riscos e os critérios adotados para indenizações. Ele critica a atuação do órgão, classificando-a como “obscura” e “sem consistência técnica.