Ícone do site Repórter Nordeste

Bradesco sinaliza com juros menores

O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, informou ontem à presidente Dilma Rousseff, segundo interlocutores do Palácio do Planalto, que a instituição prepara uma estratégia agressiva para ampliar as operações de crédito ao longo de 2013. A meta é recuperar parte do terreno perdido para as instituições públicas, mais precisamente o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Conforme indicou o executivo, em reunião que durou uma hora e meia — 30 minutos a mais do que o previsto na agenda presidencial —, serão beneficiados tanto os consumidores quanto as empresas.
Dentro do governo, a expectativa é de que o Bradesco anuncie, em breve, uma rodada de redução das taxas de juros, a começar pelo cheque especial, modalidade na qual ainda cobra entre 8% e 9% ao mês. O Planalto reconhece que, entre as grandes instituições privadas, o banco com sede na Cidade de Deu, em Osasco (SP), foi o que mais reduziu encargos e tarifas cobradas da clientela desde maio de 2012, quando a presidente Dilma resolveu lançar a sua cruzada por crédito farto e mais barato. “Mesmo insuficiente, o Bradesco avançou. E tudo indica que vai caminhar um pouco mais”, disse um assessor de Dilma.

Na avaliação da equipe econômica, se o Bradesco realmente iniciar uma nova rodada de cortes de juros e de tarifas, Itaú Unibanco, Santander e HSBC terão que seguir pelo mesmo caminho, pois o risco de perderem mercado é grande. “Sabemos que o movimento encabeçado pelo Bradesco será lento, mas virá em um momento crucial, pois o governo precisa de sinais claros da iniciativa privada de que está engajado no processo de retomada do crescimento econômico”, afirmou um técnico do Ministério da Fazenda.

O objetivo principal do governo é favorecer os investimentos produtivos por meio de maior oferta de crédito e juros mais baixos. Foi o que disse Dilma a Trabuco. O Planalto acredita que os bancos estão preparados para oferecer novas modalidades de financiamentos, complementando as linhas ofertadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

“Não dá mais para o BNDES ser o único agente financiador no país de projetos de longo prazo. Os bancos privados precisam fazer a sua parte e saírem da retranca”, assinalou o assessor palaciano. “Não queremos mais partir para o confronto com os bancos, contudo, é importante que haja uma ação proativa por parte deles para que o país volte a crescer com força. Será bom para todos”, emendou.

As informações são do Correio Braziliense

Sair da versão mobile