Com agências
Camelões denunciaram à Comissão de Direitos Humanos da OAB de Alagoas ação truculenta do Batalhão de Operações Especiais (Bope) para repreender manifestação deles no Centro da capital.
Das sete vítimas das balas de borracha- disparadas pelo Bope- três procuraram a OAB: Egnaldo Bezerra Menezes, atingido por seis tiros, a maioria nas costas; Flávio Freitas da Silva, com ferimento nas pernas, e Adriano Ferreira, atingido por dois disparos.
As vítimas contam que estavam na Rua da Alegria, no Centro, quando os homens do Bope – que estariam encapuzados – desceram do veículos “já batendo”, sem qualquer reação dos camelôs, segundo eles.
O coordenador de Fiscalização da SMCCU, Aldo Galdino, disse que apesar da pressão dos camelôs está mantida a transferência deles para o Rua 2 de Dezembro, no Centro. “A princípio isso não será mudado. Vamos intensificar a fiscalização”, falou Galdino. Trabalham no calçadão do centro de Maceió cerca de 460 pessoas, segundo a SMCCU.
Os camelôs alegam que os espaços destinados a eles é muito pequeno e a transferência foi feita sem qualquer estrutura.
Segundo o comandante do Bope, Thúlio Roberto, a ação foi legítima e o batalhão foi acionado por determinação do Comando de Policiamento da Capital (CPC). “É um direito deles de reclamar. Fizemos imagens da operação”, declarou o coronel.
Segundo o comandante, o Centro de Gerenciamento de Crises da PM foi acionado para tentar negociação. “Foi usada a força necessária para estabelecer a ordem”, acrescentou.
