Mais uma vez estou caminhando nesta corda fina onde a linguagem balança sentidos, interpretações, coagindo um pensamento político majoritário para onde mais interessar ao poder ou ao analista.
Nestas situações discursivas moralismo e moralidade se entrelaçam, porque assim tem funcionado melhor para o deslocamento do pão e do circo, ao campo do gozo efêmero da palavra, eis o tablado amplamente explorado pela cavernosa fonte de enriquecimento familiar e classista conhecida como Bolsonaro.
Este energúmeno tem pautado as redes sociais com alimento profano, afastando a seriedade do combate para imiscuir amigos e inimigos no picadeiro fálico de sua falácia.
Atenta a este fenômeno não tenho sido pautada por ele. Sei que nada acontece ao acaso onde circulam bilhões de interesses, portanto, nosso conselho é não repercutir o baixo calão de sua linguagem, nem mesmo com o intuito de ironizar.
Todas as divulgações de pensamento nos rumos do “Ele não” precisam focar no que realmente interessa. A vida sexual de quem quer que seja não pode ser pauta para um país, por mais ferrado que este se encontre.
Amigos e amigas, estejam mais atentos para com os interesses discursivos do poder vigente.
Nossas narrativas sempre precisarão ser mais elaboradas, pois de desgraças já estamos bombardeados em excesso pelo fantoche neocolonizador que representa o mundo liberal/libertino que está nos matando.
O discurso contra ele não pode ser o dele. Tem que ser o nosso! Tem que ser melhor! Porque de sonhos e lutas temos caminhado, sangrando muitas vezes para defender os direitos de existir em nossa própria pátria.
