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Bolsonaro, o genocida, tornou o ódio uma política de Estado

Os agentes de bolsonarismo, torcedores do caos, promotores da necropolítica, torturam na prisão Rodrigo Pilha, que chamou Jair Bolsonaro de genocida.

O ódio disseminado não se esconde mais. Deixou o armário, se espalha por todos os lados. Bolsonaro e outros seres que rastejam defendem a ditadura e seus métodos covardes; a morte aos fracos, o cacete do Estado a quem pensa diferente. Bolsonaro quer um país virando um quartel, com um porão ou um Pelourinho no meio da sala para realizar o serviço sujo, aos olhos de todos.

Esse modo de operar chegou a Rodrigo Pilha. Matou Bruno Barros da Silva e Ian Barros da Silva, torturados e mortos em Salvador por furtarem pacotes de carne. A suspeita é que seguranças do supermercado Atakadão Atakarejo, em Amaralina, entregaram os dois a traficantes para fazerem o serviço.

Ódio com quem sonha em viver mais tempo ou sonha com a universidade, e Paulo Guedes, o mordomo do empresariado que vê no Brasil um enorme navio negreiro, crê em gastos e cifras nestes sonhos tão lindos, orgulhos de tantas famílias com seus filhos formados ou seus velhos com saúde em idade longeva, tomando vacina no braço por acreditarem que os ideais existem para todos, não somente aos mais jovens.

Afinal, o coração bate no peito de todos, os pulmões respiram do berço ao túmulo. Mas o bolsonarismo quer controlar não apenas as emoções mas regular o relógio da vida. Decidir quem deve viver pouco, trabalhar como burro de carga e morrer esgotado, comer menos ainda e ter Estado Zero em todas estas etapas porque o Estado deve servir exclusivamente aos que o querem como donos, agregando um assistencialismo vulgar e desumanizante para que os da caixinha da miséria por lá permaneçam do início ao fim, alimentados pela vontade de poder dos outros.

Os sons dos grilhões da senzala, dos desesperados enterrados vivos pelos senhores nas paredes ou no chão da sala das casas grandes satisfaz a sanha de bondade destes tementes a Deus, psicopatas escondendo seus crimes.

400 mil CPFs cancelados são pouco a quem é sádico e bebe sangue como num filme de terror. É preciso desmantelar cultura, saúde, opiniões. É preciso terror. Destruir jornalistas peia democracia, médicos pela democracia, mais e mais bocas repetindo a palavra democracia. A morte, a paralisia, o colapso emocional, a fome são projetos destes semeadores do ódio.

A conspiração ajuda a movimentar os 10% a 15% de bolsonaristas fiéis ao genocida. Eles querem abraçá-lo e beijá-lo. Também o bizarro fascina. Quem manda no Palácio do Planalto quer mandar muito mais. Quer também ser pastor, miliciano, sugar a esperança como uma gigantesca máquina de sucção, devorando mais gente, carnes e ossos, roendo almas, um contraste para quem pensa em viver, mas coerente com o jeito de sofrer, morrer e apodrecer que o projeto Bolsonaro tem para o Brasil.

São os interesses da plutocracia e da usura em jogo. Assim o ódio se naturaliza.

E o fim – desde que seja o dos outros- não dói.

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