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Bolsonaro mostra quem manda na PGR e no MPF, ao decretar fim da Lava Jato

“Eu desconheço um lobby para criar dificuldade para vender facilidade. Não existe. É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”, Jair Bolsonaro.

Cabe ao presidente da República encerrar a operação Lava Jato?

A resposta é não. Augusto Aras, procurador Geral da República, é quem tem estes poderes.

A PGR autorizou, em setembro, a prorrogação da Lava Jato, até janeiro do próximo ano.

A Lava Jato mostrou que o alvo dela era prender Lula. sérgio Moro mostrou ao país como fez isso em troca de uma vaga no STF, passando antes pelo governo Bolsonaro. Deltan Dallagnol, o cruzado, apequenou o MPF com a permissão de todos os procuradores, ao se revelar em diálogos captados pelo The Intercept nos meandros dos podres poderes.

O objetivo foi alcançado. E não existem vozes contrárias dentro da estrutura de poder montada para manter Bolsonaro onde está capazes de discordar ou afrontar o chefe.

Protegido por setores do Ministério Público Federal e blindado pelo PGR Aras, Jair Bolsonaro se sente à vontade para repetir o que todos já sabem: é ele quem manda em tudo porque todos abriram mão dos próprios poderes em nome do Mito

Bolsonaro tem razão: “Eu sou a Constituição”.

O silêncio continua.

 

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