O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) completou neste sábado (4/10) dois meses em prisão domiciliar, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após descumprimento de medidas cautelares. A decisão foi motivada por uma participação remota em ato político com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), segundo reportagem do Metrópoles.
Durante esse período, Bolsonaro tem enfrentado um quadro de saúde delicado, com episódios de vômito, soluços persistentes e queda de pressão. Ele foi submetido a exames e procedimentos dermatológicos, e o laudo médico confirmou carcinoma, um tipo de câncer de pele. A defesa do ex-presidente planeja solicitar que a pena de 27 anos e 3 meses de prisão, imposta pela Primeira Turma do STF, seja cumprida em casa.
Apesar das restrições, Bolsonaro mantém articulações políticas com aliados que o visitam regularmente. As conversas giram em torno da proposta de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e da estratégia do PL para as eleições de 2026. Nesta semana, ele recebeu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), cotado como possível candidato à Presidência.
A anistia divide parlamentares. Enquanto aliados defendem perdão total, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto, propõe uma dosimetria que reduz penas sem extingui-las. A expectativa é que o texto seja levado ao plenário até 7 de outubro.