40 % dos entrevistados no Nordeste, em pesquisa da CNI, consideram o governo Bolsonaro “ruim ou péssimo “.
Nem o anúncio do pagamento do décimo terceiro do Bolsa Família ajudou o nordestino a revidar o agrado para a popularidade do presidente.
Bolsonaro é refém da ignorância. Acredita que, no Nordeste, não existem pessoas. Mas esfaimados à espera da piedade alheia.
Não é uma construção original. Mas herdada das novelas e séries de TV, que até hoje mostram a região como uma espécie de encontro da terra seca e das praias para o verão.
E existem sulistas brasileiros que ainda acreditam nesta imagem: falam dos jagunços e dos coronéis como se os milicianos ou não existissem ou não reproduzissem o modus operandi colonial. Ou da miséria como se não existissem moradores de rua em São Paulo.
Bolsonaro é essa visão do senso comum. O político do baixo clero, sub moderno, tchutchuco com os de cima, tigrão com o restante.
E como ele é refém da cadeira que conquistou pelos métodos conhecidos, ele deve permanecer longe do Nordeste, dos aeroportos onde antes era carregado nos braços e próximo do Paulo Guedes, nossa jabuticaba darwinista.