Novamente, Jair Bolsonaro ajudou neste domingo a exaltar a ditadura militar, o fechamento do STF e do Congresso Nacional. Bolsonaristas pediam um “regime democrático militar”, eufemismo para uma ditadura com o capitão expulso das Forças Armadas como líder absoluto deste regime, espécie de nazismo na Terra de Vera Cruz ou uma monarquia com um rei bunda suja, sem chance para críticas de seus opositores.
Curioso: o general Braga Neto, chefe da Casa Civil, não estava na foto “oficial” de Bolsonaro com 11 ministros, no ato anti-democrático em frente ao Palácio do Planalto.
Curioso 2: o ato buscando ofuscar (mais uma) denúncia contra os Bolsonaro, desta vez envolvendo Flávio e Queiroz.
Flávio Bolsonaro, segundo disse seu suplente a Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, disse que o senador foi avisado por um delegado de uma operação da Polícia Federal na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Foi esta operação que revelou a existência de Queiroz, do esquema da rachadinha, a ligação do assessor de Flávio com o miliciano Adriano da Nóbrega e parentes de Adriano trabalhando no gabinete de Flávio Bolsonaro.
Só que a ação dos federais foi adiada. E para a oposição aos Bolsonaro, a fraude foi para beneficiar o Jair.
A operação que atingiria Flávio Bolsonaro só aconteceu depois das eleições.
É mais uma fraude, sem incluir outras tantas de Sérgio Moro e seus vazamentos das investigações da Lava Jato para prejudicar só o PT.
Jair Bolsonaro foi eleito num cenário que incluiu a prisão de Lula, até então candidato a presidente.
Também Jair Bolsonaro foi eleito no esquema dos disparos de mensagens pagas pelo Whatsapp, o que seria caixa 2, mas a ciência do Direito permite várias interpretações. Até aquela que diz não ter havido crime porque não foi o PT quem cometeu.
Ministros do TSE, do STF, generais, procuradores da República estão em silêncio. O silêncio avaliza o caos, demoniza as instituições, acelera o desgaste e o descrédito da Constituição.
Mas qual Constituição mesmo?
E, de novo, Jair Bolsonaro, em mais um domingo, ajuda a exaltar modelos que, na prática, seriam a semente de um AI-5. Tudo transmitido pelas redes sociais, com a atuação do Gabinete do Ódio, encabeçado por Carlos Bolsonaro dentro do Palácio do Planalto.
Mas o Direito tem muitas versões. Incluindo aquelas: só haveria crime se o PT cometesse.
Como é o Jair, melhor Jair se acostumando.
