O clima é de euforia, mas onde estão os números do Brasil Mais Seguro em Alagoas?
Longe da comoção pública, aquela sem rótulos, sem fontes inventadas, onde está o resultado das ações do maravilhoso plano?
Não se duvida: a policia está nas ruas, pescando os criminosos. Os dois casos de tortura e o tratamento ao professor Carlos Martins não deixam mentir.
A lei seca oferece seus números. Há quem diga que ela é um ponto importante no Brasil Mais Seguro.
Para quem tem carro, isso é verdadeiro.
Mas, as armas apreendidas- acredito- têm mais impacto.
As balas nivelam todas as classes sociais alagoanas. Elas devastam em maior número, em qualquer guerra.
Pois, onde elas estão?
Se os locais de comércio de armas são conhecidos, porque as armas continuam a circular? Quantas apreendidas?
A 300 metros do Tribunal de Justiça- que se reunia para avaliar o plano- o Instituto Médico Legal Estácio de Lima estava fechado. 11 corpos se apinhavam.
Os médicos legistas estão em greve.
Mais alguns metros adiante, no Serviço de Verificação de Óbitos da Uncisal, os funcionários discutem se fecham as portas a novos corpos.
Um plano só é plano se mostra resultados. Algo crível.
Por enquanto, o Brasil Mais Seguro mostra números a esmo, eventuais, pontuais.
Onde os bairros que registram queda nas mortes? Onde aumentaram? Por que?
Números que são números também podem ser bananas, apinhadas em cachos.