Blog do Odilon: O que incomoda o TSE pode ajudar Lessa

O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) troca as ruas de Maceió por Brasília nesta quinta-feira, 6. Vai acompanhar, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se o processo que envolve o registro de sua candidatura  entra (ou não) na pauta do tribunal- o mais rápido possível.

Nos corredores da capital federal valem não apenas os advogados. E sim o prestígio, o peso político em um dos pratos da balança: os senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB).

E o prestígio é a moeda do instante.

Nesta sexta-feira, 7, inicia-se a contagem regressiva para o fim do primeiro turno. Serão 30 dias separando Lessa das urnas. Duas barreiras: 14 mil processos a serem julgados no TSE e a pesquisa do Instituto Exatta- apontando vantagem para Rui Palmeira, na largada ao segundo turno.

Em 30 dias, os lessistas terão que manter o ritmo das bases. É uma tarefa hercúlea exigir de um doador de campanha que ele continue a depositar dinheiro em alguém que teve negado, duas vezes, o registro da candidatura.

Mas, a vantagem ainda pode estar com o ex-governador. Declaração da vice vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau- publicada no O Globo- pode servir de alento ao QG de Lessa.

“O candidato tem mais dificuldade de encontrar doadores de campanha, pois o fato de o registro pender de uma decisão definitiva pode afugentar os doadores. Além disso, o próprio eleitor pode mudar seu voto, para ter a garantia de votar em alguém que, efetivamente, disputará a eleição e tomará posse no cargo, o que também é prejudicial ao candidato. Aliás, um quadro de insegurança sempre é prejudicial tanto para a democracia, quanto para os eleitores e candidatos”.

Isso significa que o incômodo também está no TSE. E o que incomoda a Corte Superior pode ajudar Lessa.

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