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Blog do Odilon: Números do Gape não surpreendem

Apesar da pouca confiança que a pesquisa do Gape desperta nos corredores do Palácio República dos Palmares, o levantamento não é diferente de outra pesquisa- esta do Vox Populi- encomendada pelo Governo para avaliar as chances das candidaturas governistas e o peso eleitoral do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT).

Esta pesquisa do Vox Populi não foi registrada no TRE alagoano; e a do Gape é encomendada pela Gazeta de Alagoas, do senador Fernando Collor (PTB)- aliado de Lessa.

Quais as semelhanças entre as duas pesquisas? Haverá segundo turno- como previam os governistas; nem todos os candidatos do Palácio devem ter o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) no palanque- já sabiam os tucanos; e a relação do governador com os poderes- em especial o TRE- vai definir, sim, a votação em 2012.

Surpreende a pouca distância entre Lessa e os deputados Rui Palmeira (PSDB) e Jeferson Morais (DEM)? Ela é explicada pelo “carimbo” da inelegibilidade, que já dura três eleições, e será a empreitada mais dura para o ex-governador. O horário eleitoral na televisão de Lessa vai desfazer a imagem e trazer, nos discursos, as classes C, D e E, além dos funcionários públicos e sindicatos- estes via PT.

A divisão das classes é problemática aos palacistas. Rui Palmeira tem votos nas classes A e B; Jeferson Morais na C, D e E.  Rui Palmeira é um jovem desconhecido na periferia, nas grotas ou comunidades, tem o apoio do governador, é filho de um ex-chefe do Executivo (Guilherme Palmeira) e carrega as credenciais dos usineiros de Alagoas para suceder Vilela em 2014.

Jeferson Morais tem eleitores em extratos sociais semelhantes a Lessa. Seu desafio: chegar ao segundo turno, batendo os discursos de Lessa e dos senadores Fernando Collor (PTB) e Renan Calheiros (PMDB). E descolando a imagem do governador- a ser trabalhada, ao estilo, pelos três- tentando atrair, ainda, os funcionários públicos.

O que é desfavorável a Lessa? Apesar da garantia do voto do prefeito Cícero Almeida (PP), os secretários almeidistas não entram na campanha do ex-governador. Estão divididos- cada um cuida do seu curral.

Não se considera, aqui, o baú dos candidatos, libertando o cheiro intestinal de uma campanha. A fedentina fica por conta  de quem afunda, ao esgoto, uma eleição.

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