Blog do Odilon: A crise dos prefeitos e a gestão de luxo

A melhor forma de se descobrir a transparência na gestão dos prefeitos de Alagoas são os carros de luxo, estacionados

Dono de prefeituras, Cícero Cavalcante comemora choro por mais dinheiro em Brasília

na sede da Associação dos Municípios, em Maceió.

São gestores que só estão (ainda) nas funções públicas porque há alguns promotores covardes e omissos à frente de suas funções. Em Rio Largo, o Ministério Público descobriu que Toninho Lins não poderia ter um patrimônio de quase um milhão de reais, se ele recebe R$ 20 mil/mês.

É uma ação corajosa e cidadã, com o carimbo do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc).

Não é a mesma coisa em muitas cidades de Alagoas. Elas não têm promotores que sigam a lei, investiguem prefeitos, punam o descaso com o povo.

Outra forma de se descobrir se as prefeituras de Alagoas têm ou não dinheiro: os processos que alguns deles respondem por corrupção. São assombrosos.

O hospital de Matriz de Camaragibe não tem gaze, algodão ou luvas- algumas destas constatações foram feitas pelo próprio Denasus- o órgão ligado ao Ministério da Saúde.

Mas, recebe dinheiro federal para manter a aparência de funcionamento.

O hospital vai ser administrado pelo futuro prefeito, Marcos Paulo, vulgo Marquinhos, teleguiado por Cícero Cavalcante, o barão do Norte, um homem que domina Matriz e São Luiz do Quitunde.

Todos debocham do poder público, garantindo uma dinastia que se estende há quatro mandatos.

São estes mesmos prefeitos quem pedem ajuda aos senadores e à bancada federal para que as suas contas não fechem “no vermelho”. E eles escapem da inclusão na “lei da ficha limpa”.

Querem mais verba federal porque a maioria dos gestores de Alagoas- blindados por alguns promotores obviamente cegos na ação fiscalizatória- é incapaz de apresentar planos econômicos para retirar o povo da dependência dos programas estaduais ou federais.

São lamúrias que saem da boca de um Cícero Almeida, de Maceió. Ou Fábio Jatobá, em Roteiro.

Após a ação teatral, os prefeitos seguem aos seus carros de luxo. E a sonora gargalhada continua porque a festa é farta. E a cegueira de quem deveria investigar é muita.

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