Quem vai ganhar as eleições para a OAB de Alagoas na próxima sexta-feira?
E, se ganhar, tudo termina esta semana?
O desfecho das eleições é imprevisível. Mas, cada uma das chapas têm munição para levar o “caso OAB de Alagoas” para os tribunais. Desgaste ainda maior ao nome da ordem, destroçado pela troca de acusações entre os advogados.
Se ganhar, Rachel Cabús será acusada de comprar votos em troca de anuidades atrasadas. Mesmo com as eleições sendo monitoradas pelo Conselho Federal da Ordem, enviando representantes a Alagoas, Rachel vai se libertar da dúvida quanto ao resultado?
O advogado Welton Roberto já é acusado de “usar” o deputado João Beltrão para atacar Rachel. Alguém manda em João Beltrão?
Marcelo Brabo é citado na falsificação de documento- que é falso mesmo. Mas, a esta altura, mentir ou desmentir têm importância?
Thiago Bomfim sabe que é o próximo alvo nas acusações. Resta saber: qual chapa vai revelar o “escândalo” contra ele?
A responsabilidade pelo descontrole nas eleições em Alagoas é do presidente da ordem, Omar Coêlho de Mello. O quê ele perderia se reunisse os advogados, no início da campanha, fazendo um trato de respeito mútuo entre as candidaturas?
Nada. Ganharia mais pontos na sociedade.
Omar perderia adiando as eleições da OAB em Alagoas? Não. Teria, sim, as críticas de costume. Que é filiado ao DEM, do vice-governador? Que respondeu as acusações de envolvimento no escândalo da Gautama? Que foi condenado em ação por danos morais no Tribunal Regional Federal da 5ª Região?
Tudo verdade. Nada disso, porém, atrapalharia a votação.
Tudo continua depois da eleição da OAB. Menos a história da ordem. O denuncismo corroeu a dignidade de quem cobra tempos melhores.