Alagoas convulsiona mais uma vez, em um julgamento histórico, profícua que é em crimes de alto teor de crueldade, com significados políticos, os mais diversos.
Paulo Bandeira tornou-se mito. Adalberon incorporou o vilão, numa proporção quase cinematográfica, não fosse real a morte e a dor dos familiares; assim como, a devastação da autonomia política e cidadania no inconsciente coletivo.
Não podemos esperar outro desfecho que não seja a condenação do culpado! Em nome das inúmeras mortes que jamais serão contempladas com um julgamento assim, por inúmeros motivos que beneficiaram os assassinos, nós alagoanos esperamos justiça à Paulo Bandeira.
Assim como vibramos (estranhamente!) quando houve aplicação da justiça no caso de Ceci Cunha, pois acompanhamos a luta renhida da família, conhecendo aquela grande dor, também estamos com familiares e amigos do professor Paulo Bandeira, que tornou-se símbolo dessa luta em contexto desigual, quando a correlação de forças entre professores e gestores públicos tem colocado os primeiros em histórica descompensação.
Alagoas chora, mas luta! Assim cremos, e esperamos, ainda que entristecidos pela história de crimes políticos que não diminui intensidade, apenas arranja novas máscaras, beneficiando criminosos de todas as estirpes, que a justiça a Paulo Bandeira seja também um símbolo, encorajando os que tombaram sob a envergadura da dor, a erguer a própria bandeira de luta!
Nós que conhecemos a artimanha criminosa alagoana, apostamos nossas esperanças na lucidez dos que conseguem preservar a honradez no compromisso público, coletivo, acima de qualquer parâmetro.
Com justiça, defendemos a vida.