Bento XVI deixa o Vaticano e chega a Castel Gandolfo

Zero Hora

Faltando cinco minutos para às 17h no Vaticano (13h em Brasília), o papa Bento XVI despediu-se de seus colaboradores mais próximos e deixou o Palácio Apostólico. Entrou em um veículo preto que o levou até o helicóptero que o conduz a Castel Gandolfo, a 25 quilômetros ao sul de Roma. Lá, Bento XVI passará dois meses até que o mosteiro onde ficará definitivamente esteja pronto para acolhê-lo.

O helicóptero branco, de propriedade do Estado italiano, decolou às 17h07min enquanto tocavam os sinos de todas basílicas de Roma e aterrissou às 17h25min, no horário local.
Antes de partir, Bento XVI postou sua última mensagem como Papa no Twitter: “Coloquem Cristo no centro de vossas vidas”

Ao chegar ao local, que serve de residência de verão aos papas, Bento XVI fez seu último pronunciamento como Papa ante centenas de fiéis visivelmente emocionados.

— Não sou mais pontífice, e sim um peregrino — afirmou o religioso, para depois abençoar os fiéis.

Bento XVI, o primeiro papa em 700 anos a renunciar, prometeu nesta quinta-feira obediência a quem for designado seu sucessor e se preparava para ir embora do Vaticano de helicóptero, deixando vago o trono de Pedro.

“A partir de hoje prometo ao futuro Papa minha incondicional reverência e obediência”, disse Bento XVI em uma breve cerimônia de despedida dos cardeais, na Sala Clementina do Vaticano.

Após estas palavras, o Papa se despediu um por um dos cardeais, entre os quais havia alguns dos favoritos para sucedê-lo à frente de uma Igreja atingida nos últimos tempos por escândalos e intrigas.

Este encontro foi a primeira atividade da agenda oficial do último dia do pontificado de Joseph Ratzinger, o papa alemão de 85 que, após oito anos no trono de Pedro, tomou a decisão de renunciar alegando “falta de forças”.


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