Bárbara Regina: Versão de viciado em crack ‘convenceu’ polícia


As investigações sobre a morte da estudante de Contabilidade Bárbara Regina ganharam novos rumos nesta quinta-feira (25). Um primo de Vanessa Ingrid, Tiago Handerson de Oliveira, disse que a estudante morreu por dívidas com drogas e programas sexuais. A família contesta. O Repórter Alagoas ouviu o delegado Geral Carlos Alberto Reis. Afinal, qual a garantia que a polícia tem da morte de Bárbara? E qual a garantia que o depoimento de Tiago, que é viciado em crack, não passa de uma versão provocada pela alucinação da droga? Veja entrevista:

A polícia oferece uma versão completamente diferente de outro inquérito- da mesma polícia- encaminhado à Justiça na conclusão do caso Bárbara Regina. Qual a garantia que esta versão, contada pelo primo de Vanessa Ingrid aos senhores, não é inventada?

Veja, ele falou espontaneamente à polícia. Ele denunciou todos os crimes da Vanessa. Tem um fato interessante, no caso da Amanda, quando ouvimos a mãe dela. Ela, revoltada e chorando, disse: ‘Ela [Vanessa] dormiu na noite anterior em minha casa e deitou na minha cama. Não entendo o porquê dela ter matado a minha filha’. Vanessa é muito fria e perigosa.

Mas, este rapaz é viciado em crack. A droga causa alucinações ou confusão mental. E as provas sobre Bárbara?

Ele foi extremamente pontual em tudo e com riqueza de detalhes.

Pontual em que sentido?

Todos os fatos. Tivemos quatro assassinatos onde é citada a Vanessa. Quem lê o depoimento dele, tem esta conclusão.

Ele apontou um local para os senhores: a região da Mata do Rolo. Vocês tomaram o depoimento dele no dia 22 de fevereiro. Os peritos estiveram na região. Identificaram restos humanos?

Ainda não.

A partir de testemunhos, vocês concluem que Bárbara está morta. Vocês tem restos de sangue, em um carro que supostamente carregou Bárbara ao local do crime, mas ainda não foi feito o exame de DNA para comprovar se o sangue era de Bárbara. Há certeza que a estudante está morta, se oficialmente não há provas disso?

Tudo o que se apresentou para a polícia, os subsídios…

… só provas testemunhais, não é verdade?

Só provas testemunhais. Tudo o que se apresentou para a polícia neste momento foi apresentado para a imprensa através do trabalho brilhante de vocês.

Pela sua experiência de polícia, o homem apontado como o assassino de Bárbara, Otávio Cardoso, está vivo ou morto?

Ele deu sinal de vida até dois meses atrás. Depois, nós perdemos o contato telefônico.

Houve pressão do secretário de Defesa Social, Dário César- que levou um pito na terça-feira (23) da desembargadora do TJ, Elisabeth Carvalho do Nascimento- na demora em se concluir o desaparecimento de Bárbara?

De maneira nenhuma, não houve pressão em nosso trabalho.

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