Bahia: Receita inicial para 2017 é a maior da história do clube

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Não há como prever o ano esportivo do Bahia. Resultados, metas, objetivos, tudo isso tem relação direta com o rendimento da equipe dentro de campo. Por parte do departamento financeiro do clube, no entanto, 2017 já está devidamente planejado e com o orçamento inicial definido. E nessa largada, a receita bruta que o Bahia terá na próxima temporada é a maior da história do clube: R$ 99.652.542.  No ano passado, por exemplo, o valor previsto foi de R$ 83.143.547.

Vale lembrar que esses R$ 99 milhões não se referem à prestações de contas. É uma receita conservadora que indica os valores que, com certeza, o clube vai obter no próximo ano. Ao longo de 2017, a soma pode ser até maior. O que alavancou a receita em 2016 foram os R$ 40 milhões que o tricolor recebeu de luvas pela assinatura de contrato com o canal Esporte Interativo para a TV fechada entre 2019 e 2024.

Apesar do aumento na receita bruta inicial, há uma tendência de déficit orçamentário ao final da temporada, que o diretor administrativo-financeiro, Marcelo Barros, explicou em entrevista ao Programa do Esquadrão. “Primeiro que o Bahia deve concluir 2016 com saldo em caixa de R$ 12 milhões. Em 2017, nas operações normais do clube, temos um déficit de cerca de R$ 1 milhão. Mas temos que pagar dívidas do passado e tem o acordo da OAS (para o clube comprar o Fazendão e a Cidade Tricolor), que envolve cerca de mais R$ 11 milhões. Então existe o potencial para que o clube venha a ter um déficit de 17 milhões”, afirmou Barros.

“Acredito ainda ser possível ter desempenho melhor, já que esse ano tivemos R$ 120 milhões de receita ao final da temporada. Por que não correr atrás disso? Além disso é possível também segurar um pouco as despesas. Tudo vai depender do ano do clube. Se vamos ter dois CTs pra cuidar ou deixar apenas um funcionando.  A gente precisa ter dois? Pode fazer uma transação? É algo que vamos discutir”. O acordo com a OAS está acertado, faltando assinar. Caso o contrato seja assinado e o Bahia fique com os dois CTs, isso custará R$ 11 milhões mais 21 milhões de Transcons (moeda do mercado imobiliário).

Do valor destinado ao futebol profissional, haverá um acréscimo de cerca de R$ 4 milhões. “Com relação ao futebol o orçamento é  de 62 milhões. Em 2016 vamos concluir gastando R$ 58 milhões. Em ambos os anos a verba disponível em contratações é de R$ 8 milhões para  pagar direitos econômicos, e 2017 está previsto valor semelhante”, detalhou.

Parte desse valor a diretoria considera investir para contratar jogadores que foram aprovados na atual temporada, como o lateral-esquerdo Moisés, do Conrinthians, e o atacante Edigar Junio, do Atlético Paranaense.

Marcelo Barros ainda brincou sobre o “jogador mais caro do clube”, que não tem relação nenhuma com os atletas do elenco. “Se você me perguntar qual é o jogador mais caro do Bahia, eu diria que é a dívida trabalhista. Em 2017 teremos que pagar R$ 500 mil por mês para pagar a dívida que ultrapassa os R$ 20 milhões. O segundo mais caro é a tributária, que a gente gasta R$ 350 mil por mês”, enumerou.

Haverá aumento significativo também no investimento nas divisões de base, que será em torno de R$ 10 milhões.

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