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Os mais resistentes, insistentes e apaixoandos pelo Carnaval ocuparam o Alto da Sé, na manhã desta Quarta-feira (13), para acompanhar o consagrado Bacalhau do Batata. O desfile só começou às 10h, mas bem antes as ladeiras de Olinda já estavam ocupadas por aqueles que não querem dar adeus à festa de Momo.
A Ladeira da Sé, Rua do Bonfim, Quatro Cantos, Ribeira, Varadouro, Largo do Amparo, e a Praça do Carmo receberam a multidão incansável. Antes do desfile, foi distribuído o famoso caldo de bacalhau, para reforçar a energia dos foliões. “Foi feito com três bacalhaus, 18 cocos e 12 litros de cachaça. E ainda servimos o bate-bate”, explica a presidente do bloco, Fátima Araújo. Bate-bate é uma bebeida de maracujá com água ardente.
A alegoria foi criada há 51 anos pelo garçom Isaías Pereira da Silva, mais conhecido como Batata. “Aqui, nada de quarta-feira ingrata. É quarta do Batata”, grita, insistentemente, a presidente. E ninguém duvidava que o dia era voltado para o bloco. O estandarte improvisado, com um bacalhau, verduras e legumes, continua o mesmo, guiando o povo. Cerca de mil camisas foram vendidas. Tudo para homenagear o garçom mais famoso das ladeiras de Olinda, Isaías, falecido em 1993, que mudou a cara do dia que, antes dele, era de descanso e lamentações, pelo fim da festa.
Outros blocos seguiram com o Bacalhau do Batata, como o Munguzá do Zuza e Thaís.