A autópsia realizada em Bali, na Indonésia, confirmou que Juliana Marins, brasileira de 26 anos, morreu em decorrência de múltiplos traumatismos e hemorragia interna após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo situado na ilha de Lombok.
De acordo com o médico legista Ida Bagus Putu Alit, a jovem sofreu fraturas graves na coluna, ombros, coxas e tórax. As lesões mais críticas atingiram a região dorsal e comprometeram o sistema respiratório, levando à morte em aproximadamente 20 minutos após o impacto. A causa da morte foi registrada como “traumatismo por força contundente e hemorragia interna maciça”.
O laudo preliminar também descartou hipotermia como fator determinante para o óbito, indicando que Juliana permaneceu viva por pouco tempo após a queda, o que reforça as críticas da família à demora no resgate. Exames toxicológicos complementares ainda estão em andamento e devem ser concluídos em até duas semanas.
Juliana desapareceu no dia 20 de junho enquanto fazia uma trilha noturna com um grupo de turistas. Ela escorregou e caiu em uma área íngreme a cerca de 3 mil metros de altitude. Seu corpo foi localizado no dia 24, em uma área de difícil acesso. As operações de resgate foram dificultadas por más condições climáticas e baixa visibilidade.
A morte da brasileira ganhou ampla repercussão nas redes sociais e na imprensa internacional. A família acusa negligência das equipes de resgate, alegando que, se o socorro tivesse ocorrido com mais rapidez, Juliana poderia ter sobrevivido. O Itamaraty acompanha o caso e prestou apoio à família, incluindo assistência no processo de repatriação do corpo.
Juliana era publicitária e viajava sozinha pela Ásia desde fevereiro deste ano. O caso gerou debate sobre segurança em trilhas de alto risco e protocolos de resgate em regiões de difícil acesso.