Repórter Nordeste

Em uma semana, Nonô conheceu as duas Alagoas

nonocoletiva

A semana do governador em exercício José Thomáz Nonô mostrou duas Alagoas.

Uma delas é a do brilho dos tapetes vermelhos, por onde cruzam sapatos lustrados.

A outra Alagoas está nas ruas.

Os crimes brutais registrados na semana passada, os pedidos de alguns deputados para mudanças na Secretaria de Defesa Social, o relatório da OAB sobre o genocídio alagoano são sinais grandes demais, maiores até da justificativa oficial, que tudo isso é apenas discurso da oposição, de olho nas urnas.

Como se algum político, incluindo os do Palácio República dos Palmares, não olhasse os cidadãos como eleitores.
Mas, estes sinais de que algo vai errado no plano Brasil Mais Seguro exigem, também, uma pressão maior da bancada federal, com grande prestígio em Brasília.

São mais de R$ 200 milhões de reais gastos para fazer funcionar um plano com resultados minúsculos.

A Assembleia Legislativa não abre mão do seu gabinete militar, a segurança individualizada, paga com dinheiro público.

Há parlamentares com mais seguranças que o próprio curral eleitoral dele.
550 militares estão à disposição das autoridades alagoanas.

Enquanto isso, doze Pms foram assassinados e um deles a serviço, Ivaldo Oliveira Silva, morto após ser arrancado do batalhão onde trabalhava, em Porto de Pedras.

Se assumir o Governo em março, Nonô terá nove meses para encerrar a administração, pelo menos com dignidade.
As ruas matam sim. Mas, o poder ajuda a patrocinar a bala e acionar o gatilho.

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