Assassinato de vereador vai à júri nesta 6ª

Na próxima sexta-feira três acusados na morte do vereador de Tanque D’Arca, Renato Lima, serão julgados. O crime aconteceu há dez anos e envolve todas as características de execução vastamente conhecidas por aqui. Três homens mataram, a sangue frio, o vereador que andava pelo Centro da cidade quando foi abordado por um carro. Tiros foram disparados e mais um homicídio entrou na estatística dos ainda impunes.

Só que a força de uma mulher contou e muito para a data do julgamento. A mãe do vereador, Dona Inez Moraes Lima, de oitenta e um anos, faz uma campanha há anos em busca de Justiça. Praticamente sozinha, distribuía santinhos e cartazes em Tanque d’Arca até na hora da missa. O que ela quer?. A prisão dos assassinos, conforme mostram as investigações da Polícia Civil.

Não é uma tarefa fácil, mas somente a pressão faz o Judiciário e a polícia funcionarem.

Também há dez anos assassinos queimaram vivo o professor Paulo Bandeira. No julgamento, a mulher dele, Cilene Bandeira, apontou para o mandante, o ex-prefeito de Satuba, Adalberon de Morais. Uma rara coragem dos que carregam as mãos limpas.

Rodrigo Cunha era adolescente quando decidiu fazer Direito e assistir, treze anos depois, a condenação do ex-deputado Talvane Albuquerque pela morte da mãe, Ceci Cunha.

Dona Inez vai estar lá em Tanque d’Arca, olhando nos olhos de todos nós. O alagoano é vingativo?. Não. As instituições é que precisam de mais Cilenes, Rodrigos e Inezes para desestimular os gestos dos covardes.

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