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As casas espíritas substituirão uma previdência social?

Os figurantes de cidadãos caminham pelas ruas do Brasil, levados pela força incongruente da rotina.

Estamentos, castas, privilegiados, etc não são percebidos pelos olhares comuns. Gente feita para legitimar esquemas de poder, não tem obrigação de compreender coisas complexas, dizem os sofistas.

Estes figurantes perderam legados antigos, sobre os quais pouco entendiam, mas sabiam onde buscar direitos quando o tempo chegava e a necessidade obrigava. Este território virou passado.

Mas estava tudo planejado.

Bolsonaro seria o vingador da colonização imperialista, o defensor dos monopólios e oligopólios capitalistas, e recebeu para isso um cavalo branco para devolver um elefante branco. Reconhece a participação de muitos espíritas nesta fábula grotesca?

Todo tipo de fantasia criada por médiuns pop star e pseudo-decanos do espiritismo brasileiro, fez parte da criação do mito que capitaneia o retorno das relações escravagistas nestas terras.

O celeiro da caridade material pode esborrar cestas básicas, mas elas não conseguirão saciar a fome de dignidade que este povo haverá de sentir em expressão ainda mais forte.

Nem Miguel, nem Ismael, nem Emannuel, poderão devolver os direitos que a classe rica retirou dos empobrecidos, e toda cantilena cármica redundará em desespero e culpa.

Há tempo de plantar e tempo de colher, mas entre um e outro existe o tempo do estômago, que agora anuncia fome.

Graças a Bolsonaro a pobreza já pode ser designada como miserável. O cavalo branco pisoteou a previdência social brasileira, deixando um saldo tão grande de perdas, que nem mesmo a junção de todas as casas distribuidoras de sopa e agasalho seria suficiente para acolher tamanha derrocada humanitária.

A Amazônia geme, a criança pobre voltará ao trabalho, as famílias brasileiras batalham pelos grãos diários, enquanto aposentadoria será termo excluído do vocabulário.

Exultam os estultos, falsos profetas e influentes obsediados.

O Brasil neocolonial já é uma realidade.

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