Parece tema de estudo acadêmico, mas a verdade, é o que o liberalismo progressista está na vida de muitas pessoas que se acreditam “evoluídas” no pensamento social.
Chega com um novo jeito de pensar sobre as relações sociais, mas oculta as contradições reais mantidas pelas estruturas de desigualdades e foca em ramos finos e fenomênicos, como linguagem, roupagem, coisas que olhando com cuidado se percebe que são apenas consequências, não causas.
Assim é comum que se despejem falácias apaixonadas, instigando a comoção de quem reproduz e de quem ouve, pois o lastro de força do liberalismo progressista é fazer acreditar que a revolução (finalmente) está nas bocas comuns, repetindo jargões, semeando a pressa em não pensar.
O que está sendo conservado?
A estrutura de desigualdade fundante, aquela que não retira das referências de posse o status quo, e segura o sistema em sua base iníqua como necessário.
Nas relações liberalistas, existem códigos de premiação.
Segmentos que estiveram fora dos palcos, passam a ser representados por alguns líderes, distribuindo alguns acessos ao cenário tradicional da valoração financeira. Apenas alguns chegarão a este ponto. Os representados servirão para ecoar os ditames comportamentais mas suas realidades seguirão imersas na lógica do empobrecimento, tal qual sempre foi posta pelo mesmo sistema que faz acreditar na abertura de frestas.
Eis o resumo dos ritos e gritos que silenciam as boas análises de desigualdades de classe no Brasil e no mundo.
Compreender as agruras do sistema não é mais tolerável (pelo sistema). Com a nova política que se diz progressista, tudo se volta aos comportamentos e linguagens. Poucos seguem ganhando. A maioria segue boiando. Mas os novos soldados do capitalismo estão se acreditando combatê-lo.
Não é distopia, é estratégia política.









