Repórter Nordeste

As belezas do folclore: Ganga Zumba das Alagoas

 

Nesta Semana do Folclore, quando o colorido das vestes e a brejeirice das nossas danças populares nos encantam ainda mais, o Réporter Alagoas realça a atuação do Grupo Ganga Zumba das Alagoas, com seu Coco de Rodas tradicional, envolvendo adolescentes e jovens numa perspectiva feliz de presente e futuro.
A coordenação do professor e estudante de História, Carlos Gilberto dos Santos Nascimento, representa o compromisso social, que afasta os participantes, das vulnerabilidades desse tempo de guerras urbanas.
Em julho deste ano o grupo participou do Festival de Folclore de Olímpia, em São Paulo, que repercutiu positivamente na afirmação da identidade cultural alagoano dos jovens, reforçando o estímulo e a participação para o crescimento.
“Foi um prazer ter participado, trocado experiências. A recepção foi calorosa. Vivemos dez dias de apresentações em vários lugares, dos quais recebemos solicitações para isso. Por onde o Ganga Zumba passava, o povo gritava: Alagoas! Alagoas”. Disse Carlos.
“Apresentamos também no Sesc de Araraquara e no shopping de Catanduvas. Foi o Sesc de São Paulo, junto com o próprio festival de Olímpia quem nos garantiram passagens aéreas e hospedagem. Contrariando aquela mentalidade preconceituosa que acha que para pobres as viajens de ônibus estão de bom tamanho. Só os filhos da classe rica devem viajar de avião”.
Muito importante garantir esse acesso ao transporte aéreo, pois além de diminuir o tempo de viajem e poupar o desgaste físico, quebra uma barreira ideológica que exclui os menos aquinhoados de usá-lo. Certamente muitos entre os membros do Ganga Zumba das Alagoas, que são parte da juventude das escolas públicas do bairro de Cruz das Almas e adjacências, em Maceió, tiveram sua primeira experiência de vôo indo para Olímpia.
Carlos finaliza com os olhos brilhando:
“Participamos da programação folclórica da Secretaria Municipal de Cultura de Maceió, essa semana, com o tema “Preservando valorese mantendo vivas nossas raízes”, dançando na praia de Pajuçara”.
“Folclore é tudo de bonito! Muito rico, o que nos faz falta é mais apoio dos gestores públicos, para expressarmos as nossas manifestações. Em Alagoas muitos grupos folclóricos estão ainda no anonimato. Saber que eles ainda não tiveram o privilégio de subir nos palcos, me entristece”.
“Para mim, que gosto de cultura popular, a luta pela valorização do folclore é permanente! Oportunidades são dadas, à crianças e jovens, por esse caminho. Cultura popular também é cidadania, proteção social e desfile de belezas, ritmos e cores!”
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