A angústia da família de Artur Paschoali, 19 anos, persiste. O jovem desapareceu na Vila Santa Teresa, no Peru, em 21 de dezembro, data em que se comunicou com os familiares pela última vez. Ontem, os pais do estudante, que acompanham as buscas de perto, prestariam depoimento às autoridades policiais, na cidade de Quillabamba — norte do país —, a 206 quilômetros de Santa Teresa, acompanhados de um diplomata brasileiro. No entanto, o mau tempo forçou uma mudança de plano. Segundo o irmão, o engenheiro civil Felipe Paschoali, a declaração foi adiada para segunda-feira. “Estava chovendo muito. Foi bom porque eles podem ir mais tranquilos no início da semana”, comentou.
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O contingente policial envolvido no trabalho de busca continua o mesmo, segundo Felipe. Na última segunda-feira, uma equipe lotada na capital, Lima, chegou à vila. O tempo instável atrapalha, mas Felipe afirma que tanto os pais quanto os policiais estão empenhados em encontrar Artur. “Chove e faz sol. É quente durante o dia, e frio na parte da noite. Eles estão fazendo o possível. Meus pais estão acompanhando de frente, com as equipes.”
As notícias são limitadas ao fim do dia, quando as buscas se encerram. Acompanhado das duas irmãs mais novas e da namorada, Felipe faz a ponte entre as informações que chegam. Até agora, nenhuma delas se concretizou. “Falo com meus pais quase diariamente. Ainda não tivemos retorno em relação à recompensa, mas a gente acredita que este fim de semana será bacana”, acrescenta o engenheiro civil.
Enquanto Artur não aparece, familiares, amigos e desconhecidos se mobilizam por meio das redes sociais. Pela internet, esperam receber informações que possam ajudar a encontrá-lo. No Facebook, criaram o evento Vamos achar o Artur/ #FindArtur. Ontem, o número de participantes chegou a 8.530.
Memória
Expedição rumo à Guatemala
Artur começou a expedição pela América Latina com destino à Guatemala. Ele decidiu parar no Peru para conhecer melhor o país. Na última vez em que manteve contato com a família, havia informado ao irmão pelo Facebook que teria sido contratado em um restaurante na vila de Santa Teresa. Em 21 de dezembro, avisou aos amigos que sairia para tirar fotos nas montanhas. Depois disso, não entrou em contato com a família novamente.
Os pais de Artur chegaram ao país em 2 de janeiro. No dia seguinte, conseguiram reunir dois grupos de voluntários para ajudar nas buscas. Policiais da capital, Lima, foram mobilizados para o trabalho. A última notícia que se tem do jovem vem de uma moradora do povoado de Sahuayaco, a cerca de 100 quilômetros de Santa Teresa. Ela afirma ter feito comida para Artur em 28 de dezembro.
As informaçoes são do Correio Braziliense
