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Arthur Lira torce pela guerra entre Musk e Moraes

O presidente da Câmara sai em defesa do quase trilionário Elon Musk. Reclama Arthur Lira que a decisão de Alexandre de Moraes, do STF, de bloquear as contas da Starlink. “a gente tem a obrigação de saber separar pessoa jurídica A de pessoa jurídica B”, disse.

Lira se dá ares de jurista, revestindo-se na toga da imparcialidade.

Mas a realidade se impõe.

O STF pressiona Lira a instalar a CPI dos Planos de Saúde; também quer colocar regras nas emendas PIX ou R$ 8,2 bilhões. E reativou as investigações dos kits de robótica, envolvendo um dos assessores de Lira, Luciano Cavalcante.

O presidente da Câmara, em reação, estimula os deputados a construir mecanismos para barrar decisões do STF. E quer o presidente Lula segurando a bandeira do seu candidato ao comando do legislativo.

É diante deste furacão que Arthur Lira se coloca como um jurista imparcial, ao defender Elon Musk, que não aceita seguir as regras do marco civil da internet, que completa 10 anos desafiado pelas redes sociais e a inteligência artificial.

Podemos acreditar que o presidente da Câmara esteja cheio de boas intenções.

Arthur Lira é defensor do semi-presidencialismo, um modelo onde o presidente da República seria transformado em peça decorativa e o Congresso elegeria um primeiro-ministro, este sim devendo satisfações apenas a deputados e senadores.

Mas onde fica o povo? Eis a questão: no modelo lirista, o povo viraria um detalhe neste novíssimo regime democrático.

O amigo leitor deve saber onde estão as boas intenções do líder da Câmara. Quem sabe nos detalhes? Ou nas brechas?

 

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