O presidente da Câmara sabe que não mandará mais em nada em 2025. Mas a perda do poder e prestígio começa desde já.
Também sabe que Lula capenga na popularidade mas existe esforço do governo no caminho da recuperação. O preço dos alimentos em breve será revertido, o desemprego e os juros seguem caindo, o presidente do Banco Central tem prazo de validade.
Um Lula em ascenção pavimentando o caminho da reeleição não interessa Arthur Lira. Porque as tratativas sobre cargos na máquina pública ficam mais difíceis.
Quanto mais dinheiro, melhor. Com a turma do centrão, lógico.
Se Lira não emplacar um nome para chamar de seu à Presidência da Câmara ou não assumir a Comissão do Orçamento, as coisas complicam. Vai perder o comando da Chesf, DNOCS, Incra. Terá dificuldade de fechar acordo com prefeitos, pode perder a segunda vaga ao Senado, terá Renan Calheiros- hoje à espreita e afiando as unhas- renovado para caça-lo.
Resumindo : Lira, de caçador, vira presa. A instabilidade da atividade política depende dessa briga de forças. Um ambiente hostil onde sobrevivem os mais adaptados.
