A CPI do 8 de janeiro reafirma o poder de Arthur Lira.
O aparente pouco interesse de Renan Calheiros em não integrar a comissão já indicava quem mandava no jogo.
Lira busca mais influência em Brasília enquanto perde prefeitos com o avanço do calheirismo em Alagoas.
Pressiona, mas também sente a pressão.
Lula quer aumentar a base do governo na Câmara. Critica o presidente do Banco Central sobre os juros e Campo Neto mantem contatos e apoio com Lira.
As criticas de Lula vão engajando os grandes empresários. 80% dos pequenos e micro empresários são contrários aos juros altos.
Se a economia funcionar, o trem do lirismo descarrila. Porque o presidente da Câmara perde o apoio do Centrão que se bandeará para o lado mais forte: o do Governo.
Funcionando a economia, Arthur Lira não terá mais opositores aos Calheiros em Alagoas e não conseguirá a segunda vaga ao Senado.
Lira e Renan são semelhantes: se elegem com a articulação de prefeitos direto com o eleitor.
Neste momento, Calheiros tem a força: está com a maioria dos chefes do Executivo. Menos Maceió.
Por pouco tempo, ao que parece.
