Após ofender desembargador, Lessa pede perdão na Justiça

Ex-governador se livra de um dos mais de 60 processos

Odilon Rios
Do Repórter Alagoas

Para se libertar de um, dos mais de 60 processos, o ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) fez um acordo judicial com o desembargador James Magalhães de Medeiros- Lessa é acusado de caluniar Magalhães.

Na Justiça Federal, Lessa concordou em publicar, na imprensa, uma nota de retratação- um pedido de desculpas ao desembargador, chamando as acusações dele- Lessa- contra Magalhães de “infundadas”, “inverídicas”, ditas “sob forte emoção”, chamando o desembargador de “homem sério, probo e de reconhecido valor intelectual”.

O desembargador moveu uma ação penal privada- que poderia trazer prejuízos a Lessa e enquadrá-lo na lei do Ficha Limpa. O caso ainda estava em primeira instância.

Lessa é acusado ainda de chamar o desembargador Orlando Manso de “ladrão”, em uma entrevista a um jornal pernambucano.

Ano passado, Manso conseguiu a condenação de Lessa no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o pagamento de R$ 300 mil, a título de indenização por danos morais.

Segue a nota

Eu, Ronaldo Augusto Lessa Santos, venho de público retratar-me das infundadas acusações que fiz contra o desembargador James Magalhães de Medeiros, uma vez que, em momento de forte emoção, quando em entrevistas concedidas , acabei por atacar a honra do mencionado magistrado, reconhecendo que tudo que disse não passam de inverdades, com absoluta ausência de base que me permitia imputar ao mesmo qualquer tipo de conduta irregular em sua vida profissional e pessoal.

Afirmo, ainda, que ao contrário do que está por mim dito, o que se tem visto é que o Dr James Magalhães de Medeiros, atualmente corregedor-geral do judiciário alagoano, tem dado mostras de sua competência e honestidade, sobretudo quando se observa a postura correcional assumida, tendo-o na conta de homem sério, probo, e de reconhecido valor intelectual.
Sendo assim, finalizo cabalmente retratando-me de tudo quanto havia dito sobre o magistrado James Magalhães de Medeiros e de tudo aquilo que o levou a processar-me criminalmente.

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