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Após morte de policial, nove são assassinados na Região de Londrina

G1

Pelo menos dez pessoas foram assassinadas na Região de Londrina, no norte do Paraná, entre a noite de sexta (29) e a madrugada deste sábado (30), segundo o Instituto Médico-Legal (IML). A série de mortes começou após um policial militar ser baleado na Zona Norte da cidade – ele foi socorrido, mas não resistiu. A polícia não fala sobre ligação entre as mortes.

Além dos mortos, os hospitais e unidades de saúde da cidade registraram ainda a entrada de pelo menos 16 pessoas baleadas após a morte do policial. Destes, pelo menos dois estão em estado grave.

As circunstâncias das mortes não foram divulgadas pela polícia, que informou que apenas a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) se pronunciaria sobre os incidentes. O G1procurou a Sesp, que até a atualização desta reportagem informou que ainda não havia informações oficiais sobre o caso.

Além dos dez assassinatos, outras duas pessoas morrerram na madrugada em um acidente de carro e foram encaminhadas ao IML de Londrina.

Outros casos
Desde domingo, uma série de ataques a policiais vem sendo registrada no estado. Em Londrina, na segunda-feira (25), um soldado foi internado após ser baleado em frente a uma farmácia. No mesmo dia, um policial militar ficou ferido após ser atingido por disparos de arma de fogo em Pato Bragado, na região oeste. Conforme a PM, o agente recebeu quatro tiros ao se aproximar de um veículo suspeito.

No dia 19 de janeiro, dois policiais militares foram mortos em Curitiba e em Colombo, na Região Metropolitana da capital. Os crimes aconteceram com apenas cinco minutos de diferença. Nenhum dos policiais estava em serviço.

Trechos de áudios divulgados pela Associação de Praças de Estado do Paraná (Apra) indicam que policiais militares afirmam que a Central de Operações Policiais Militares (Copom) emitiu um alerta sobre uma ação de criminosos, que teria como alvo policiais.

“Nós sabemos sim que existe alguma coisa muito errada acontecendo e queremos que as autoridades tomem sim providências porque o policial militar também tem que ser protegido pelo estado, porque para ele dar segurança ele tem que ter segurança”, afirmou à época o presidente da Apra, Fontana Neto.

A Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná informou que os homicídios estão sendo apurados por unidades especializadas. Informou também que não há indicativo de atuação do crime organizado nas ocorrências.

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