Após morte de médico, Vilela pede a socorro a Dilma

Segundo ele, Governo está inconformado com onda de violência

Após a repercussão no assassinato de um médico em Alagoas, o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB) telefonou para a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira e pediu para ser recebido, com urgência, nesta terça-feira, para tratar de segurança pública. O próprio governador admitiu o contato com Dilma, em entrevista na manhã desta segunda-feira a uma rádio de Maceió.

Segundo o chefe do Executivo, ele pediu encontro ainda com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

“O Governo está inconformado com a onda de violência no Estado. Temos investido na segurança desde que assumimos para combater o tráfico de drogas e a violência, num esforço conjunto com o Poder Judiciário de Alagoas. Mas infelizmente o resultado dessas ações não tem atendido às demandas do Estado e por isso vamos buscar reforços e mais ações”, disse o governador.

O médico otorrinolaringologista José Alfredo Vasco Tenório, de 67 anos, foi assassinado com um tiro nas costas, durante um assalto, no Corredor Vera Arruda, no bairro de Ponta Verde- área nobre de Maceió- na tarde do sábado, 26. Ele foi morto a 100 metros de um posto desativado da Polícia Militar e a 500 metros da cobertura onde mora o governador, seus filhos e a primeira dama.

Alfredo Vasco pedalava com a bicicleta do filho, no local, quando foi abordado pelos criminosos. Mesmo sem reagir ao assalto, entregou a bicicleta e foi atingido com um tiro nas costas. A Polícia Civil de Alagoas não tem pistas dos criminosos.

O crime movimentou centenas de pessoas nas redes sociais, com críticas ao Governo. Em postagem no Facebook, o filho do médico, André Palmeira Tenório, criticou o governador: “Eu só queria dizer ao governador Teotônio Vilela que muito “obrigado” por matar o meu pai. Você mesmo é o maior assassino que o estado de Alagoas pode ter. Toda semana você mata um pai de família em nosso estado”, disse.

Neste final de semana, dois adolescentes foram mortos de maneira brutal, no Estado. Um foi esfaqueado e teve o corpo queimado; o outro foi assassinado por um motoqueiro. A polícia não tem pistas dos criminosos.

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