Parece que, finalmente, descobriu-se a crise do Hospital Geral do Estado.
E o Conselho Estadual de Saúde, um dia após as denúncias reveladas pelo Fantástico, distribuiu nota para a imprensa: quer audiência com o governador Renan Filho (PMDB).
Para quê? Para dizer que, há anos, denuncia o já denunciado. Quer, então, falar do tão-tão falado.
Segue material encaminhado, via assessoria, ao blog:
CES solicita audiência com governador sobre caos na saúde de Alagoas
O Conselho Estadual de Saúde, solicitou hoje uma audiência com o governador Renan Filho, para discutir a situação da saúde pública em Alagoas, que vem sendo destaque nacional diante das denúncias de desabastecimentos nas unidades de saúde, compras sem licitação e fraudadas, conforme matérias veiculadas na imprensa local e nacional.Um quadro é muito grave, destacou o presidente do CES, Jesonias da Silva, e já vem sendo denunciada pelo Conselho há vários anos ao Ministério Público Estadual.
Nos últimos meses, os problemas do HGE e na Maternidade Santa Mônica, o CES vem discutindo com os órgãos de Controle Social e fiscalização dos recursos públicos da saúde.. Algumas providências já foram tomadas na maternidade Santa Mônica, como a contratação de concursados e abertura de leitos na UCI neo natal. As ações da entidade, levaram o secretário Cristian Teixeira a transferir seu gabinete de trabalho para o HGE e anunciar a compra em quantidade de medicamento, equipamentos e insumos, necessários ao funcionamento do HGE. Mas os problemas continuam e parecem longe de serem solucionados.
Novas denúncias
“A SESAU realizou semana passada, um evento sobre humanização na saúde, como podemos discutir o tema se o profissional que vai trabalhar leva a angústia de não ter o medicamento, o material para trabalhar e o população por sua vez também sofre a angústia de não saber se será medicado, se será atendido? É uma situação calamitosa”, reagiu o presidente ao ser informado hoje, da falta de tubos para hemograma, no Hospital Hélvio Auto. De acordo com a denúncia, na há estoque do material e os profissionais estão buscando ajuda em outros hospitais para obter os tubos e poderem realizar os exames.
Para o Conselho não há como continuar nessa situação, com compras emergenciais, profissionais mendigando medicamentos, material para trabalhar. A lei estadual 7.400 de 06 de agosto de 2012, preconiza em seu artigo 1º que o CES é órgão colegiado, de caráter permanente, consultivo e deliberativo, integrante da estrutura organizacional da SESAU, competindo-lhe atuar, no âmbito do Estado de Alagoas, na formulação de estratégias, controle, avaliação e fiscalização da execução da política estadual de saúde, inclusive nos aspectos financeiros e econômicos. Vamos fazer valer a lei, precisamos discutir a saúde em todo estado, buscar alternativas para o agora”, finalizou Jesonias.