A família do adolescente Davi Silva, desaparecido em 25 de agosto de 2014 após abordagem policial, insiste no reconhecimento de partes da anatomia do corpo encontrado no último dia 08 nas imediações do Conjunto José Tenório, como do garoto. E sua mãe reitera declarações de semelhança da bermuda encontrada no cadáver, com uma peça de vestuário do filho. Contudo, apenas o exame de DNA comprovará ou não as afirmações que levam à resolução do caso.
O sumiço de Davi Silva tornou-se emblemático, pois há quase um ano sua mãe e outros parentes buscam explicação para o desaparecimento e cobram justiça.
O Ministério Público denunciou quatro policiais por envolvimento no caso, no início de mês de agosto. A denúncia aponta Eudecir Gomes de Lima, Carlos Eduardo Ferreira dos Santos, Vitor Rafael Martins da Silva e Nayara Silva de Andrade como os policiais militares que torturaram, assassinaram e, por fim, ocultaram o corpo de Davi Silva.
A Perícia Oficial divulgou nota sobre o caso, reproduzida na íntegra:
O Instituto de Identificação de Alagoas vem por meio desta nota, esclarecer que:
- Na última segunda-feira, a equipe de papiloscopia foi acionada para o Instituto Médico Legal Estácio de Lima onde realizou exame de necropapiloscopia em um corpo “Não Identificado” do sexo masculino encontrado no último sábado, dia 08 de agosto, no bairro da Serraria, desta Capital.
- Que devido ao estado avançado de decomposição do cadáver, as coletas das impressões papilares das mãos foram totalmente prejudicadas, pois as mesmas apresentavam falhas estruturais por estarem danificadas pela degeneração natural que o corpo sofre depois de entrar em estado cadavérico.
- Que diante do exposto, não foi possível realizar a analise com os dados da suposta vítima (Davi da Silva), visto que o exame necropapiloscopico consiste no confronto das digitais coletadas com as fichas de identificação civil existente no Instituto de Identificação.
