Renan Calheiros solidário a Flávio Bolsonaro. É mais um voto na disputa pelo comando do Senado e mais uma tentativa de se aproximar dos inquilinos do Palácio do Planalto.
A aproximação faz parte do jogo político. Renan conhece os caminhos do poder. Tem influência no STF, STJ. Nos tribunais regionais.
É um arquivo em movimento. Sabe os segredos do Congresso Nacional. Está próximo do Paulo (Posto Ipiranga) Guedes. Valoriza pouco Onyx Lorenzoni. Ele sabe o porquê.
Renan Calheiros é aliado. É também um inimigo cruel. A campanha que moveu contra Fernando Collor em 1990- após Collor não apoiá-lo na disputa ao Governo- mostra o mesmo Renan em 2007, nas denúncias que quase o derrubaram da presidência do Senado.
Quase porque Renan sobrevive a ele mesmo.
Ano passado, na disputa ao Governo, Collor escolheu dar suas munhecadas verbais em Renan Filho. Não em Renan Calheiros. Collor sabe o porquê.
Renan pode salvar Flávio Bolsonaro ou deixar as feras devorá-lo. Há uma troca a ser feita. Se o alagoano estiver na cabeça do Senado, o filho do presidente estará garantido por 8 anos. Do contrário, Renan pode virar uma pedra no caminho, com o STF nos calcanhares dos Bolsonaro.
Collor viveu a experiência de um Renan do lado de lá. O resto é história contada pelos livros.