A ministra da Igualdade Racial Anielle Franco é uma referência no mundo no combate ao racismo. Ela conseguiu construir uma identidade própria sem desmerecer a trajetória da irmã Marielle Franco, covardemente assassinada com o motorista Anderson.
Isso é muito mas não é tudo.
Por ser um dos alvos (constantes) do bolsonarismo, Anielle já deveria estar preparada para as críticas que receberia por voar com FAB para assistir à final Flamengo e São Paulo. Ela é flamenguista.
A ministra diz que as críticas são inacreditáveis “por ir fazer o seu trabalho de combate ao racismo e cumprir o seu dever”.
Importante reconhecer que práticas de desinformação, manipulação da verdade e a divulgação de notícias falsas configuraram violência política de Gênero e Raça, na tentativa de impedir o nosso trabalho. Não são ataques a este ministério ou a mim, mas ao povo brasileiro, disse Franco.
Quem critica Anielle Franco está necessariamente contra o povo brasileiro? Creio que não.
Quando Renan Calheiros, presidente do Senado, voou de FAB para fazer um implante capilar, as críticas eram cabíveis;
Quando Arthur Lira voou de FAB para distribuir emendas do orçamento secreto a rodo, é e está passível de críticas.
Também são cabíveis o uso abusivo de aviões da FAB pela ministra.
Não é racismo, não. É o interesse do povo que está em jogo.