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Amor Incondicional de Leoneide Florêncio…a Diego

 

Venho descobrindo as bandeiras fincadas em alguns jardins familiares que tiveram suas flores diminuídas, pelo nosso estado de Alagoas. Lares órfãos de seus filhos e filhas, levados pela cultura assassina que vigora.

Sinalizando o sofrimento, resistência e luta…tremulam de indignação, choro e denúncias. Algumas resignadas, assistem famílias inteiras enfermarem e alguns membros não resistirem ao peso do luto, tombando na fatalidade da morte precoce.

A cara sem maquiagem das mães, expondo o martírio em preto e branco.

Nesses caminhos, encontrei Leoneide Ricardo de Santana Florêncio, a mãe do Diego. Autora do livro “Amor Incondicional”, no qual relata a história do filho e fragmentos da própria, antes e depois da tragédia ainda impune, que feriu seu jardim na mesma semana em que seu filho receberia o diploma de curso superior.

Partes dessa história parecem irreal, como o fato de o pai de Diego, médico em plantão no hospital de Palmeira dos Índios, ter recebido o filho crivado de balas e desmaiado. A morte arbitrária e intrusa não faz parte dos programas familiares!

Contudo, apesar de o crime ter ocorrido em 2007, hoje essa família luta pelo desaforamento do processo do município de Palmeira dos Índios para Maceió.

Os municípios alagoanos padecem de extremado mal com relação à influência de maus políticos e líderes locais, geralmente envolvidos nas ocorrências criminosas.

A justiça conhece melhor do que os cidadãos comuns, os efeitos dessa saga nefasta.

O coronelismo alagoano é sagaz. Atua por vertentes diversificadas, e nega aos cidadãos o menor resquício de cidadania, a menos que, por ventura, as instituições desmembradas desse traçado tendencioso interfiram em benefício da verdade.

Torcemos pela vitória da família de Leoneide, nesse primeiro momento. Depois, também também torceremos, para que a justiça possa punir os culpados, os assassinos.

Encerro esse texto com uma frase do marcador de páginas que acompanha o livro “Amor Incondicional”, que diz:

“Este é um livro para todos que almejam justiça. Para os que acreditam no amor, que já descobriram que têm soberania para deliberar sobre a própria vida com todos os riscos. Esta obra quer fortalecer os leitores para que nunca desistam de lutar, viver a vida que lhes é própria, com seus sonhos, suas ilusões, seus medos e esperanças.”

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