Na Polícia Federal, o porteiro disse que confundiu o número 58 por 65. O porteiro trabalha no condomínio onde mora Jair Bolsonaro (casa 58) e Ronnie Lessa (casa 65).
Bolsonaro é presidente da República; Lessa, um matador profissional.
O porteiro autorizou a entrada de Elcio de Queiroz no condomínio horas antes do assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Élcio e Lessa são acusados no crime.
O porteiro, em dois depoimentos na Polícia Civil do Rio, disse (e mostrou uma planilha comprovando) que Queiroz pediu para falar com “Seu Jair”.
Na casa do “Seu Jair”, alguém autorizou a entrada dele. Mas Queiroz foi para a casa de Lessa.
Na PF, o porteiro disse que confundiu os números das casas.
Investigado pela Lei da Segurança Nacional, a pedido do PGR Augusto Aras, indicado ao cargo por Bolsonaro; ouvido pela Polícia Federal cujo chefe é o ministro da Justiça Sérgio Moro, funcionário de Bolsonaro, alguém acredita que o porteiro não pensou na própria vida, ao confundir dois números tão diferentes (58 e 65) nas investigações do assassinato de Marielle e Anderson?
