Os sinais não eram tão claros. Mas, desde que Rui Palmeira retornou das férias com a família há duas semanas, ele se mexia para não sair candidato nas eleições deste ano.
Porém, a decisão definitiva veio neste final de semana. A partir daí ele falou com os aliados. Alguns da lista: o ministro dos Transportes, Maurício Quintella; o secretário Municipal de Saúde, José Thomáz Nonô; o vice-prefeito Marcelo Palmeira; o senador Benedito de Lira.
Nesta 2ª, contactou mais gente, incluindo o presidente da Câmara, Kelman Vieira, e o líder do prefeito na Câmara, Eduardo Canuto.
Aliados dizem que prevaleceram 3 coisas na decisão do prefeito: maior dedicação pessoal de Rui ao tratamento médico submetido por familiares dele; os empréstimos para o Maceió de Frente Pra Lagoa, à beira da incerteza em Brasília e; a falta de apoio entre os próprios aliados.
Também foi citado costurando os motivos: “Numa disputa ao Governo são necessários milhões de reais para a campanha. Não temos este dinheiro”.
No Palácio República dos Palmares, a incerteza sobre o futuro de Rui Palmeira virou certeza com as fortes chuvas que caíram na cidade há 2 semanas. O município enfrenta penúria financeira, também patrocinada pela era Michel Temer. E o pitoresco: Michel é aliado do prefeito.
Por isso, Renan Filho foi orientado a oferecer suporte à Prefeitura de Maceió para fechar a cratera aberta em parte da principal via no bairro de Cruz das Almas- buraco aberto com as fortes chuvas.
“Sinto a prefeitura com pouca capacidade de reação, parece que com as finanças abaladas eles não têm ânimo”, disse um palaciano.
Com a desistência, o quê Rui Palmeira quer mostrar, também?
“Que não é um carreirista. Como aconteceu com a Heloísa Helena. Ela disputou mandato e depois não disputou a reeleição na Câmara. O prefeito não é carreirista. Fará um ótimo trabalho e deve disputar as eleições em 2022”, disse um dos aliados.
Pode estar incluído na lista de possibilidades do prefeito a aposentadoria política? “Não, isso não existe”.