Vira e mexe, meses antes de uma eleição majoritória, o senador Fernando Collor (PTC) se lança- discretamente- na disputa presidencial.
Ele? Faz cara de paisagem. Nem diz sim nem não.
Neste final de semana, porém, portais nacionais mostram um Collor com disposição de ir às urnas em 2018. Alvo? O Palácio do Planalto.
Os aliados do senador temem, porém, um desgaste ainda maior de Collor.
Isso por causa dos negócios. Quem entende das engrenagens da Organização Arnon de Mello sabe: Collor em uma eleição não é ele sozinho numa disputa. É toda a estrutura da OAM que o acompanha. Apesar de, nos últimos anos, ele até tentar separar sua imagem das empresas na hora de enfrentar as urnas.
Porém, é como separar a alma da carne. Ou a água do óleo.
Veja-se, por exemplo: ano passado, as empresas do senador pagaram o 13º salário atrasado. Foi o ano em que os federais visitaram a OAM, vasculhando provas contra ele na Operação Lava Jato.
Em 2017, o senador assinou (e pagou) todos os cheques dos funcionários. Alívio para quem trabalha por lá.
Aliados querem Collor onde ele está: longe de Alagoas. Voltando lá por 2022, quando vai em busca do bis ao Senado.
