Chegou ao STF o caso que revelou as situações intestinas de Alagoas, através da prisão de uma jornalista.
Traz a marca do ministro recém empossado Cristiano Zanin, que além de conceituado jurista foi aquele que viveu com o presidente Lula toda a bomba legal e anti-democrática que o encarcerou para a elite econômica sorrir.
Ninguém melhor do que Zanin para saber que o cárcere não pode ser tornado elemento de prêmio aos interesses de qualquer pessoa ou segmento.
Foi Zanin quem resistiu às pressões das autoridades sequiosas de punitivismos desde Alagoas até Brasília, e cumpriu a lei, defendendo o estado democrático de direitos, libertando a jornalista do cárcere.
A nós não coube o manto seguro da omissão, e desde o ocorrido fizemos da comunicação instrumento de denúncia e clamor pela justiça, sem moralismos ou compadrios, desagradando setores e indivíduos que se mantiveram imbuídos pelo senso de vingança, mas fiéis àquilo que defendemos nas urnas e na vida, o direito de ter direitos civis respeitados!
A hostilidade seja substituída pelo bom senso, e torcemos para que Alagoas desperte enquanto ainda é possível, para perceber a onda de ódio que mareja neste momento histórico, nos colocando a responsabilidade de defender o bem maior consensuado pelo contrato social mais amplo e vigoroso que possuímos, a nossa Constituição Federal.
O moralismo que esbanja opiniões sobre a sociedade brasileira nessa mesma hora não desoriente o senso de cidadania, não nos afaste do direito à defesa, não silencie o contraditório, e leve em conta os riscos de silenciar com o cárcere quem quer que seja.
Ao ministro Cristiano Zanin nossa sincera admiração pela força moral demonstrada em seu compromisso com a justiça.