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Alagoas: por dia, 20 servidores públicos são afastados por doenças

10.09

Cada vez mais servidores públicos alagoanos ficam doentes. Números da Secretaria de Planejamento e Gestão mostram que, em 2015, 7.041 deles foram afastados do trabalho- 19 por dia. Nos três primeiros meses de 2016, foram 1.816 afastamentos- vinte por dia.

Doenças que mais afastam são as osteomusculares (que atinge tendões, músculos, nervos), geralmente com sintomas dolorosos.

Em segundo lugar vem os transtornos mentais. Entre eles, doença do pânico, ansiedade, depressão. Em terceiro, o câncer.

O assunto é abordado pelo EXTRA, que está nas bancas. Estimam-se que 634 servidores alagoanos estão afastados- apenas com depressão.

Por causa disso, o Governo endureceu as regras para os servidores se licenciarem da máquina pública. O decreto 48.409, de 12 de maio, lista as condições para que isso aconteça.

Servidor doente é assunto-tabu na máquina estadual. Nos órgãos públicos, alguns são tratados com indiferença, desprezo. E muitos são perseguidos e taxados de “vagabundos”, “preguiçosos”.

Geralmente, desconsideram-se as condições de trabalho, a pressão dos chefes- como diretores de escolas, por exemplo, com professores- e as constantes punições, que atacam diretamente o bolso do doente ou ameaça com processo administrativo para demissão.

Mas, a máquina estadual que deveria igualar os desiguais, cria privilegiados.

Na Assembleia Legislativa, por exemplo, dois deputados mostraram como é fácil obter atestados médicos alegando doenças.

Marquinhos Madeira (PMDB) responde até a inquérito na Polícia Civil. Suas licenças viraram alvo do Ministério Público.

Thaíse Guedes (PMDB) foi o caso mais polêmico. Retirou uma licença médica e, no mesmo dia, foi fotografada no Lopana, ao lado da modelo Nicole Bahls. Postagens foram feitas nas redes sociais.

Descoberta, Guedes alegou que a foto foi tirada um dia antes de sua licença na Assembleia Legislativa.

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