Sob a ribalta da imprensa, lutas. Nas lutas, jogos de interesses, medição de força, cumprindo as determinações dos poderes.
Uma eleição envolta no acirramento de argumentos, retóricas embebidas de senso comum e vasto manto egóico, aplaudidas por multidões divididas. Fala-se em quase tudo, só não ecoa o sentido societário de tal luta.
O eu-mismo das falas sobressaem assustadoramente, na tentativa do convencimento, enquanto a roda do status quo aponta quem sobe e quem desce.
Motivações de cidadania, não repercutem. Cada qual defende seu metro quadrado de ambição.
Intriga quase corporal entre o Estado e um Sindicato: nas declarações apaixonadas, saídas do fígado, explosões de malcriações e sentenças. Cada qual quer vencer, mostrar poder, o que menos aparece é a democracia, a cidadania.
Ao longe, a República justifica essas lutas, que se espremidas revelam muito mais um quebra de braços das individualidades, sob mantos representativos.
Alagoas estarrece diante disso!
Pensar no futuro sob a égide decisiva de tais representatividades é mesmo assustador!
Se um bom juiz pudesse dá uma pausa no jogo, seria sensato lembrar aos times que o objetivo está sendo relegado a último plano, mas não é a isso que a sociedade deseja assistir.
Nós não queremos vencedores e perdedores feridos, mas uma sociedade evoluindo com suas representações; não importa se estatais, civis ou colegiadas.
Vossas lutas agressivas protagonizam o despreparo para os interesses coletivos, que emolduram vossos discursos.
Resumindo, nenhum de vocês serve para as causas em pauta, pois Alagoas já não suporta arrogantes declarações nascidas do ego, da ambição e alienação societária.
Contemplamos com desgosto esse cenário improfícuo.